terça-feira, 30 de agosto de 2016

Moçambique está mergulhado na miséria


O país está mergulhado numa grande crise económico-financeira devido uma série de dívidas (de mais dois mil milhões de dólares americanos) que o governo de Armando Guebuza contraiu, de forma secreta e ilegal, para viabilizar projectos claramente pessoais de certos indivíduos ligados ao poder político ao seu mais alto nível. Essa situação de dívidas veio a ser agravada pela guerra que, também, de interesse das elites do partido governamental.
Devido à natureza ilegal e até criminosa de tais empréstimos, os parceiros de apoio programático, os chamados doadores, que financiam o Orçamento do Estado, suspenderam a ajuda ao país exigindo a responsabilização dos autores dessas dívidas e uma auditoria forense internacional e independente, para que os ladrões sejam punidos.
O festival de dívidas escondidas atingiu um nível insustentável por culpa do Banco Central, cujo governador se encontra, na companhia da sua família, a passar as suas férias, quase faraónicas, nos Estados Unidos da América, que funcionou e apadrinhou essas operações ilegais, usando a capa de Estado moçambicano.
Desde 2013, o início do saque, até à descoberta da fraude, o Banco de Moçambique foi fingindo que não sabia de nada, chegando mesmo ao ponto de pairar a dúvida de que altos funcionários do Banco Central terem beneficiado do dinheiro dos empréstimos ilegais devido ao silêncio que aparentemente a instituição como se comporto.Estamos num verdadeiro "far west" em que o xerife vira ladrão, mergulhando o condado em dívidas ilegais e, para encobrir as falcatruas, promove uma guerra absurda, igualmente, criminosa.

Não há convivência pacífica na Beira



Filipe Nyusi, Presidente da República, quando da sua recente visita à província de Sofala, disse, em comício popular, que, na Beira, há uma convivência salutar e pacífica entre o MDM, que governa o Município, e o governo provincial, dirigido pelo partido Frelimo, transmitindo, desse modo, a impressão da existência de um ambiente salutar entre as duas forças, politicamente, adversárias. Porém, para um cidadão com uma atenção mediana pode, perfeitamente, se aperceber que isso não corresponde, nem de longe nem de perto, a verdade dos factos.
Basta ver, sem tanto esforço nem esgrimir argumentos de peso, como o protocolo provincial arrumou a ordem de intervenção dos dignatários na abertura do IX Festival de Cultura, que teve lugar no campo de Ferroviário da Manga, que desmente essa convivência pacífica. Não está claro como o edil, uma figura eleita pelo voto popular, em cerimônias públicas, é preterido para um lugar menos importante em relação ao chamado “administrador da Cidade da Beira”? Isso acontece para ofuscar o edil, sem grande margem de errar para os que assim concluem.
Em várias ocasiões orientadas pela governadora,que têm lugar na Cidade da Beira, onde participa o edil, este sempre aparece em lugar quase invisível. É, claramente, secundarizado e dão à primazia aos directores provinciais, chefes não se sabe muito bem de quê e só depois aparece o edil. Isso é visível aos olhos de qualquer pessoa atenta que a governadora de Sofala tem tudo feito para apagar a figura pública do edil e, assim, criar condições para a Frelimo reconquistar este município que constitui uma espinha na garganta do partido Frelimo que “não vê game” desde 2003, como os jovens costumam falar.
É interessante verificar que o próprio governo central – dirigido por Filipe Nyusi = é relutante em entregar os serviços básicos da Saúde e de Educação ao município da Beira e, por extensão, a todos os municípios dirigidos pelo MDM, porque esses são incapazes, segundo argumentou a ministra da Administração Estatal e Função Pública, Carmelita Namachulua. É do domínio público que tem sido a edilidade que constrói salas de aulas e centros de saúde, no território municipal, e os apetrecha em carteiras, ambulâncias com os respectivos motoristas, manutenção e reparação das viaturas e salários, sem nada exigir em recompensa.
Muitos ainda se lembram, nos princípios do ano lectivo de 2016, como a governadora de Sofala ordenou uma “gazeta” generalizada dos professores das escolas primárias do Bairro de Vaz e de Mcuti Miquejo, reabilitadas e equipadas pelo município, tudo porque Daviz Simango ia fazer a entrega dessas escolas aos alunos, professores e aos encarregados de educação. Nessas escolas os meninos estudavam encurvados ao chão e sem qualquer tipo de higiene, pois as casas de banho não funcionavam nem água tinha fazia vários anos.
Todos viram isso e o Presidente Filipe Nyusi não mentir aos beirenses nem aos moçambicanos que o seu partido e os dirigentes da Frelimo já não se preocupam com o outro, o diferente. A diferença continua a preocupar fortemente o partido Frelimo “vanguardista das largas massas de operários e camponeses”, por isso ainda temos problemas no país. O resto é mesmo resto, é música para fazer dormir o boi. A discriminação e a exclusão continuam, para a Frelimo, as suas armas do arremesso.  

Quem é contra a paz?



É difícil responder a esta pergunta numa só palavra e de forma linear. É mais fácil e trivial atribuir as culpas da guerra a uma pessoa ou a uma organização. Dizer que uma organização foi criada para desestabilizar o país, constitui uma acusação banal que não exige nenhuma investigação e isso pode ser uma simples manipulação política da opinião pública. Analisemos os factores preponderantes que concorrem para desentendimentos que, por vezes, desaguam em guerras entre os moçambicanos que concorrem para o presente atraso sócio-económico a que Moçambique e o seu povo estão submetidos. Os culpados pelas constantes guerras têm nomes próprios e endereços bem conhecidos.
Em 1974, o governo português, dirigido pelo movimento das forças armadas que derrubou o regime colonial-fascista de Marcelo Caetano, entregou, em Lusaka, capital da Zâmbia, o poder aos comunistas da Frente de Libertação de Moçambique, que combatiam o colonialismo, sem o devido escrutínio popular. Os moçambicanos não foram consultados e, em apenas nove meses de governo de transição, o país passou a ser governado por um governo que não saiu das urnas e todos os demais partidos ou organizações políticas foram marginalizados e, ferozmente, perseguidos pelos detentores do novo poder exclusivo. Desse modo, estava lançada a semente da morte e da discórdia entre moçambicanos.

A concepção, mais tarde no sistema multipartidário, de que quem vence uma eleição fica com tudo e quem perde vira um cidadão de importância menor e desprovido de tudo, teve o seu primeiro passo, em Lusaka. O pensamento de “partido de vanguarda, força dirigente das largas massas de operários e camponeses”, nasceu com a entrega de bandeja do poder pelo então governo português. Com a implementação do “vanguardismo” arvorado pelos libertadores, deslizou-se até a criação das aldeias comunais, imposição das guias de marcha, que serviam para limitar a liberdade de movimento com cancelas ao longo das rodovias. Os desterros e campos de reeducação onde foram fuzilados todos os que discordavam da “linha correcta” imposta pelos novos patrões do povo.
Em pouco depois da independência nacional, em 1976, o país encheu-se de pessoas descontentes pela forma como os destinos de Moçambique estavam sendo conduzidos. Todas as condições objectivas e subjectivas para instabilidade se vingar já estavam criadas e o regime da Rodésia do Sul serviu, apenas, de rastilho para detonar a pólvora. O regime rodesiano não era a razão principal da guerra dos 16 anos, ou seja, da guerra civil. As razões internas foram determinantes para que o país pegasse fogo. É inegável que o movimento de guerrilha havia sido criado para servir interesses externos, mas, de maneira paulatina e inteligente, se transformou num verdadeiro movimento popular contra a ditadura dos libertadores que se faziam passar de proprietários do país e do povo. 
Os acordos de Roma não foram, integralmente, implementados na sua forma e espírito. A recusa, alegando exiguidade de fundos, de integração nas forças de defesa e segurança dos soldados do movimento da guerrilha visou única e exclusivamente, na não aceitação do outro. A agravar a isso, a expulsão massiva, desencadeada pelo governo de Armando Guebuza, dos militares oriundos da guerrilha, fez ressuscitar as velhas rivalidades políticas entre os antigos beligerantes. A enfadonha conversa no Centro de Conferência Joaquim Chissano, entre o governo da Frelimo e a Renamo serve, somente, de prova da dificuldade de aceitar conviver com a diferença. O recusar o outro tinha o acento tónico em todas as abordagens. O outro é inimigo a abater logo que possível.
É visível no diálogo, agora em curso, que o outro não serve para nada. Por diversas vezes, ouvimos discursos, com todas as características de demência em fase de delírio, de que “governaremos por mais 50 anos”. Isto quer dizer que continuarão no poder com ou sem voto que os legitime, não largarão o poder. Este pensamento tem se traduzido nas fraudes massivas e na recusa de alteração substancial da constituição para que possa acomodar os interesses de todos os sectores da sociedade. Tomam a constituição como algo estático, imutável para fechar as portas de uma real democratização da sociedade moçambicana.
Daqui pode-se concluir quem, de facto, agride a paz. É aquele que faz a intolerância e discrimina o outro pela simples razão de ser diferente, de pensar de modo diferente. Esta é a razão dos conflitos e das guerras. O recorrer a ilegalidade para continuar agarrado ao poder é sinal claro de medo por ter cometido vários crimes contra o povo a quem roubou, matou e pilhou. Aquele que mergulhou o país com dívidas ilegais e ocultas. Aquele que compra armas para promover uma guerra injusta. Estão contra a paz os que promovem raptos e assassinatos com recursos aos esquadrões da morte. Aqueles que transformam dívidas de privados em pública.     

segunda-feira, 20 de junho de 2016

País vendido em hasta pública

O problema que separa os moçambicanos tem um nome conhecido e bem concreto que se chama Constituição da República de Moçambique que beneficia, largamente, ao candidato e partidos que forem proclamados vencedores das eleições presidenciais e legislativas. Este é o verdadeiro e real imbróglio que divide os partidos políticos, a sociedade e as pessoas do nosso país.
Em Moçambique de hoje, quem ganha uma eleição fica com tudo – abocanha o poder legislativo, executivo e judicial - e quem perde fica sem a dignidade, arremassado para a caixa da pobreza e vira cidadão menos importante ante aos olhos do suposto vencedor. Tem sido sempre assim desde a independência nacional – 1975 - e a situação tornou-se mais visível com a introdução do sistema multipartidário e agravada com a chegada ao poder de Armando Guebuza.
A independência nacional não foi conquistada apenas pelas elites político-econômicas do partido Frelimo, mas, por todo o povo. A intolerância política, a ganância pelo enriquecimento fácil e a corrupção são o obstáculos para a democratização e do desenvolvimento nos domínios social, econômico, cultural e político de Moçambique.
Estes factores levam uma franja social que gira em volta da Frelimo a que se agarre ao poder e encontre formas à margem da lei para vencer as eleições e perpetuar-se como governo, valendo-se do apadrinhamento dos órgãos eleitorais. A Frelimo que tem vindo a ser aclamada, sistematicamente, pela comunidade internacional como vencedora, enquanto não passa de uma farsa. Os problemas dos moçambicanos são agravados pelos países que apoiam as falcatruas eleitorais da Frelimo.
É mentira quando os políticos do partido no poder dizem que o problema é Afonso Dhlakama e a Renamo. O problema está no modus operandi dos dirigentes, a vários níveis, do partido Frelimo que já não se lembram dos principais objectivos que levaram o povo a opor-se ao regime colonial. O povo lutou contra o sistema colonial pela justiça social, igualdade de oportunidades, direitos humanos, desenvolvimento econômico, social, cultural e pela independência nacional, que seja diferente da substituição mecânica do explorador branco pelo explorador de cor preta.
A independência nacional não significa somente o arrear da bandeira portuguesa e o içar da bandeira multicolor nacional com uma estrela atravessada por uma AKM. Seria ridículo demais que a luta do povo se limitasse na simples substituição do colono estrangeiro branco pelo colono nacional preto. Seria mais doloroso morrer por uma mordedura de um crocodilo e menos doloroso morrer por uma mordedura de uma serpente?
O problema é a Frelimo que abocanhou as riquezas nacionais para si e privatizou o país todo a seu favor. Quem promove a guerra e a instabilidade política é a Frelimo que não tolera a diferença. Apesar da aparente abertura com os acordos de paz de Roma (1992), a postura dos dirigentes da Frelimo não melhorou nem admitem uma convivência pacífica entre o pensar diferente.
Para a Frelimo, pensar de modo diferente é ser agente do inimigo, deve ser combatido com todos os meios disponíveis. Assim, assiste-se, nas eleições, uma violência em espiral, fazendo infundir medo nos seus adversários. As eleições que deveriam funcionar como um tribunal para julgar o governo, transformam-se em encenação política para dizer aos doadores que aqui também se dança a música da democracia.
O povo já se apercebeu disso e perdeu o interesse de participar neste tipo de exercício deturpado e prostituído por um grupo de assassinos e gatunos que se servem do Estado para promoverem a corrupção e suas negociatas. A solução está na mudança radical das mentalidades, na alteração profunda da Constituição da República – uma nítida separação de poderes, redução dos poderes conferidos à figura do Presidente da República, implantação de um sistema semi-presidencialista.
O chefe de Estado deve deixar de indicar reitores e institutos públicos, presidentes dos tribunais, introduzir o sistema em que o governador de província tem que ser eleito. Implantar um sistema eleitoral independente dos demais poderes estatais, diferentemente do que se passa agora em que a Frelimo domina os órgãos eleitorais.
A paz e o desenvolvimento jamais serão uma dádiva divina, mas um esforço colectivo de a sociedade onde ninguém se sente discriminado nem rejeitado por não pertencer ao partido no poder. Assim, teremos uma sociedade justa onde ninguém ganha tudo nem ninguém perde tudo. Para que possa haver as alterações profundas que possam democratizar o país e as instituições, o primeiro passo tem que ser o de remover a Frelimo do poder, pois nenhum partido aceita, livremente, rejeitar o seu passado, principalmente, quando esse passado o beneficia consideravelmente.
A oposição terá que se despir das suas manias, por vezes, mesquinhas, e começar a ver que o adversário político é comum e, gerador dos conflitos sociais, políticos e econômicos por que hoje o país está a passar. Que será um equívoco pensar que o problema do país ficará resolvido com um simples telefonema entre Nyusi e Dhlakama. A troca de chamadas telefônicas já aconteceu muitas vezes, porém, o problema principal ainda persiste. O descontentamento popular está vai aumentar cada vez mais, a corrupção a generalizar-se, os massacres, raptos e as valas comuns multiplicam-se.
A nossa oposição deveria aprender da luta de libertação nacional em que foi necessária a união numa só frente para derrotar o sistema colonial. A luta tornou-se decisiva que os moçambicanos se uniram.
Esta lição ainda continua, até aos nossos dias, válida, não porque o adversário seja poderosos, mas porque se esconde por detrás da couraça de estado para fazer falcatruas, tais como socorrendo-se da violência policial, das manobras dilatórias da justiça e máquina da administração pública para alcançar “vitórias retumbantes” ou mesmo “arrancar” vitórias, o mesmo que dizer roubar.
Ninguém deve lutar sozinho. Formando uma larga frente seria o caminho a seguir para desmascarar o tigre de papel, aparentemente, invencível.
O afundanço do país surgiu porque o presidente tem poderes em excessos que o levam a acreditar que pode vender o país sem ser indagado. As reformas aqui propostas visam colocar cada instituição no seu devido lugar para que ninguém se julgue “deus”.
Nyusi e Dhlakama podem telefonar-se um ao outro quantas tantas vezes o entenderem, e até as armas podem deixar de cantar, contudo, teremos uma paz momentânea porque o silêncio das armas não resolve o problema que é a Constituição que permite a prática de injustiça política, social e econômica. A constituição faz do Presidente um ser absoluto.
A oposição tem uma oportunidade ímpar para fazer descarrilar a Frelimo que enfrenta três bicudos problemas – crise político-militar, crise econômica e o descontentamento popular generalizado. É só empurrar e será como um golpe de misericórdia, que se aplicava, nas guerras do passado, aos camaradas de armas quando gravemente feridos, sem hipótese de sobreviver e em que a morte aparece como um mal menor.
Não aproveitar a oposição esta ocasião magna para deitar abaixo a Frelimo só poderá ser por falta de astúcia e de ambição política. Só uma oposição distraída pode ocupar-se de intrigas ao invés de investir na luta contra um regime corrupto, militarizado e moribundo.
As futuras gerações poderão julgar aos políticos de hoje pela sua contínua insolência política perante o imperativo nacional de libertar o povo das garras dos gatunos que vendem o país em hasta pública como se de ferro.

Os movimentos libertadores, regra geral, não têm uma metodologia conhecida de sucessão. Permanecem no poder até não aguentarem mais e quando os seus líderes morrem, surgem lutas intestinais para a sucessão, tal como acontecia com as chefaturad africanos do passado, enfraquecidos constituíam uma porta preferencial de entrada dos colonizadores. Hoje, por falta de clareza ideológica, as lideranças dos antigos movimentos de libertação, acabam vendendo os recursos dos seus países às multinacionais ou afundam as economias nacionais com dívidas escondidas que em nada beneficiaram os povos que dizem representar.Parte superior do formulário

domingo, 15 de maio de 2016

Bispo de Quelimane é ganancioso pelo dinheiro

Trata-se de Dom Hilário da Cruz Massinga com olhos postos na riqueza



Dom Hilário da Cruz Massinga, actual Bispo de Quelimane, mete-se em tudo quanto seja dinheiro, fundamentalmente, quando se trata para ganhos pessoais, ele procura estar no meio, socorrendo-se de todos os truques, desde insinuações às máfias mais estruturadas, por vezes, à mistura com expedientes de aparência em conformidade com a lei. É egoísta e com tal postura, que mais se parece com um dos vários “empresários de sucesso” que temos nossa praça que de um dirigente religioso, tem provocado ira, quase generalizada, no seio do clero local e das comunidades cristãs que esperavam de ver um pastor aglutinador e não de um vendedor de banha. Este bispo é um empecilho para a coesão da Diocese, porque um bom pastor luta para bem servir o seu rebanho enquanto Dom Hilário da Cruz Massinga se bate apenas pelo seu umbigo.
Aos dias 22 de Abril de 2013, foi matriculada, na Conservatória do Registo das Entidades Legais, sob o n°100382075, a SOCIEDADE DE SANEAMENTO e TRATAMENTO DO MEIO AMBIENTE, LIMITADA, abreviadamente que se designa por SOSTRAMA, em nome do cidadão Hilário da Cruz Massinga, actual Bispo de Quelimane, e de Joaquim Tomás Chinhama. A SOSTRAMA está sedeada na Cidade de Tete, Bairro de Chingodzi, Unidade Armando Emílio Guebuza, Quarteirão Quatro. Pode abrir delegações, sucursais, agências ou outras formas de representação social. O capital social, subscrito e realizado em dinheiro, é de 100 mil meticais e está dividido em duas quotas de 50 porcento para cada sócio. A sociedade tem por objecto a prestação de serviços de fumigação, limpeza e jardinagem assim como poderá associar-se a outras sociedades.
A ambição e ganância do Bispo Dom Hilário da Cruz Massinga procura atingir outros sectores nos quais ele vê a possibilidade de aumentar o seu rendimento. Em 2010, requereu ao governo provincial da Zambézia o reconhecimento como pessoa jurídica, juntando o estatuto de uma suposta ASSOCIAÇÃO FRATERNAL SÃO CARLOS LUANGA (AFRACAL) DA PARÓQUIA DA NOSSA SENHORA DE LIVRAMENTO – SÉ CATEDAL DE QUELIMANE, um empreendimento que pertence aos fiéis. Acautelado, o então governador Itai Meque despachou negativamente o pedido do Bispo, baseando-se no facto de que já existe uma outra associação similar.  Nestes termos e ao abrigo do disposto no n°1 do artigo 5 da Lei 8/91, de 18 de Julho, que reconhecida como pessoa jurídica a associação “AJUDA FRATERNAL SÃO CARLOS LUANGA (AFRACAL) DA PARÓQUIA DA NOSSA SENHORA DE LIVRAMENYTO – SÉ CATEDRAL DE QUELIMANE”, com sede na Avenida Filipe Samuel Magaia, no edifício sito no recinto da Sé Catedral, na unidade residencial 1°de Maio, Cidade de Quelimane.   
Abortada a tentativa de abocanhar a associação atribuindo-lhe um outro nome, o bispo acabou retirando a escola comunitária que aí foi instalada, que beneficiava às crianças desfavorecidas, privatizando-a a fim de gerar lucros para si. Foi dentro deste contexto que o prelado empreendeu, e ainda está em rubro, a luta para ficar com a Nova Rádio Paz, de índole comunitária, que funciona no mesmo recinto da Sé Catedral. Ludibriou o banco onde se encontra sedeada a conta da rádio, mandando alterar os seus titulares, introduzindo novos titulares, maleáveis e prontos a satisfazerem os caprichos do bispo. Perante a relutância das feriras que fazem a gestão da rádio de e, consequentemente, titulares das contas bancárias deste empreendimento, o bispo, de forma não transparente, mandou encerrar as contas, dificultando o funcionamento da emissora.
Entre o clero diz-se que, quando o bispo se desloca às paróquias e missões distantes, o bispo tem o hábito de cobrar dinheiro de ”chapa” aos padres que o acompanham. Igualmente se fala que o bispo exige fazer constar o seu nome das contas que as próquias e missões possuem e movimentam, para, desse modo, fazer um controle de perto. Aí está inerente a sua ganância desmedida pelo dinheiro, embora ele pregue que os padres não devem ter o apego ao dinheiro, mas é aquilo que se diz “façam o que digo e não façam o que eu faço”. Esquece-se de que o exemplo é mais forte que todas as homilias que profere todos os dias aos que o ouvem. O Bispo Dom Hilário da Cruz Massinga é um entrave ao desenvolvimento e à coesão da Igreja Católica, na província da Zambézia, dizem crentes com que ouvimos.
Neste momento, o bispo tem os olhos postos numa escola das irmãs diocesanas, subvencionada por Land Oberosterreich da Austria, com fundos da cooperação para o desenvolvimento. Quer ficar com a escola, localizada na Cidade de Quelimane, com a construção ainda por acabar, por exiguidade de fundos, pertencente às Irmãs Diocesanas da Nossa Senhora da Visitação. Mesmo assim, os emissários do bispos batem a porta quase todos os dias. Parece que o Dom Hilário da Cruz Massinga se enganou pela porta. Entrou pela porta da Igreja quando deveria ter entrado para negócios. Ele é pernicioso ao desenvolvimento da Igreja. Devia ser um comerciante qualquer ou um desses “empresários de sucesso” da Frelimo que ostentam uma riqueza de origem duvidosa, realçam os crentes que nos contactaram.    
    


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Precisamos de acordar!

Moçambique vive os seus piores momentos da sua História desde a Independência Nacional, ocorrida a 25 de Junho de 1975. Virou um país inseguro para se viver e para fazer negócios. Ninguém tem certeza se chega ao dia seguinte quando se vai deitar nem quando sai de casa não se sabe se voltará ou não. Grupos de malfeitores caçam, com armas de fogo, inocentes pelo facto de discordar da maneira como são governados. O leme do nosso barco está capturado por perigosos piratas do mar que levam a embarcação para um porto desconhecido. Afundaremos todos se continuarmos como cordeiros amordaçados.
Os raptos de cidadãos constituem um duro golpe contra a nossa economia. Ninguém investe num país onde pessoas são raptadas e a polícia se limita a dizer que “estamos a investigar” e daí nada se sabe mais nada. Ninguém, nem mesmo um louco, traz o seu dinheiro para um país em que os assassinatos acontecem no coração da capital, de dia e em cafés. Quem se sentiria seguro se quando sai para um exercício matinal não sabe se volta à casa? – Ninguém. É perigoso viver num país onde a liberdade de falar, escrever e pensar é uma certidão de óbito. Matam quando falamos e tiram a vida quando não se junta aos grupos de malfeitores, ladrões e bandidos. O pensar diferente é, também, perigoso.

Como se pode explicar um governo que se orgulha ter saído de eleições crie grupos esquadrões de morte para matarem os seus opositores? É um contra-senso. Para se manter no poder é preciso matar o outro? É preciso promover a guerra e empobrecer o povo? Os que nos governam recorrem à guerra para se afirmarem como autoridade e encherem os seus bolsos de dinheiros do povo. Contraem dívidas monumentais e com altos juros para ficarem podres de rico. Esta é a nova burguesia ociosa, os novos ricos que se orgulham dizendo que fizeram a guerra para ficarem ricos. Se a libertação do país custa essa pesada factura, que não tivessem ido à luta porque os antigos libertadores se tornaram impiedosos colonialistas.
Aqui os governantes contraem dívidas ao seu gosto, sufocando a economia e o desenvolvimento social, desde que isso seja útil aos seus interesses particulares e de grupo. Quando todos pensavam que se tratava do fardo da falida EMATUM, calculado em 850 milhões de dólares, surge uma outra, até então escondida, de 787 milhões de dólares e tentam nos convencer que tudo está sob controlo. Num país onde a lei esteja acima de qualquer cidadão, os autores dessa burla - Armando Guebuza, antigo presidente, Manuel Chang e Filipe Nyusi, antigos ministros das Finanças e da Defesa, respectivamente – estariam na prisão. Os gatunos são o princípio e o fim da lei. Para fecharem o círculo da violência, mandam os seus cães atacarem magistrados.
Uma sociedade que não consegue controlar os seus bandidos e ladrões, qualquer dia, será domada por eles. Matam e roubam para continuarem no poder. E nós já atingimos, largamente, esta fase. Roubam votos eleitorais, abafam os órgãos da justiça para se manterem impunes. O povo deve levantar-se, sem mais delongas, contra as injustiças e desigualdades sociais que o regime da Frelimo vem criando como um artifício de manutenção e reprodução do poder.

O povo tem que se levantar para dizer basta e salvar o país do abismo. Deve pôr um “ponto final” nas brincadeiras do regime da Frelimo. Eles continuam a enterrar o futuro de todos nós com dívidas da compra de armas para matarem outros moçambicanos que discordam do seu modus operando. Não podemos continuar mais a ser governados por piratas porque os interesses deles são divergentes dos do povo e até promovem o terrorismo de estado. O povo é capaz! Levante-se pela paz e desenvolvimento!